Já estava na hora de uma terceira edição desta secção - porque já perdi a conta dos webcomics que tenho andado a seguir convulsivamente desde o início da época balnear. Posso não ter um bronzeado decente nem ter aproveitado o meu tempo livre para fazer algo de verdadeiramente produtivo, mas tenho uma miríade de bandas-desenhadas onláine para recomendar. Muito melhor.

A Matter of Life and Death de The Spinster

Vou ser do mais sincero possível: este webcomic é atualmente a minha obsessão de vida. A história dos deuses de uma Terra alternativa, focada na relação entre a Vida e a Morte; a Morte detesta o seu trabalho, a Vida odeia a Morte por destruir as suas criações, a Morte não percebe porquê e sofre, e eu choro com eles.

Além disso, se alguém quiser orientar aí uns oitenta paus para eu poder comissionar @ autor(a), que tem o melhor estilo de desenho com que já me deparei, estão à vontade. Tenho o coração e a carteira sempre abertos.

Hackbent de Alexis aka Chasinglightz

SIM. O FINAL DO ACT 7 DO HOMESTUCK DEIXOU-ME COM UM VAZIO NA ALMA E UMA TRISTEZA PROFUNDÍSSIMA NO CORAÇÃO, PORTANTO VOU-ME REFUGIAR EM FANCOMICS PARA AMENIZAR A ANGÚSTIA DE VIVER. DEIXEM-ME.

Hackbent é um fancomic de Homestuck em que seis trolls são presos numa versão toda fodidérrima do Sburb hackeada por Nohmyt, um alienígena com uma inteligência para lá dos limites e uma sociopatia proporcional. Mas se o jogo original já era estupidamente injusto e tremendamente difícil, este vai revelar-se muito pior.

Humor Me de Marvin

Charlie é uma rapariga transsexual que basicamente ganhou a roleta russa dos azares de vida: a mãe morreu, o pai fugiu, e agora tem de cuidar do irmão mais novo enquanto trabalha para os sustentar e mantém boas notas na escola para não lhe tirarem a bolsa de estudo. Mas para uma pessoa com tanto com que se preocupar, Charlie é surpreendentemente otimista, e vai fazer de tudo para vencer.

É uma lufada de ar fresco ver uma história que mostra que dificuldades não são o inescapável fundo do poço e que é possível ser-se feliz apesar das circunstâncias. E a personalidade altiva de Charlie faz com que seja quase impossível não gostar dela.

Erie Waters de Joanne Kwan

Uma história que, para meu pesar, já acabou; Erie Waters começa quando Ian se muda para uma casa à beira do lago Erie durante o verão, desconhecedor das criaturas que lá habitam, e que o assombrarão.

E apesar de ter pena de ser um comic já concluído, o final foi justificado e não desiludiu. É uma história pequena mas surpreendentemente complexa, tanto em termos de enredo como em temas abordados.